O ano é 1994, você está tomando seu café da manhã e como é habitual, aproveita para ler as primeiras notícias do dia e assim ficar informado dos acontecimentos, mas a primeira manchete que seus olhos percebem é essa "Kombi era motel na escolhinha do sexo", certamente você ficará horrorizado com tamanha barbaridade. A primeira reação de qualquer pessoa é acreditar no que deveria ser sua fonte confiável de informação, por nenhum momento passará na sua cabeça leitor, que a notícia em questão fará parte de um famoso caso de falta de ética da imprensa brasileira.
Em nome da ética para defender a moral e os bons costumes, vidas foram destroçadas pelas informações mal-apuradas de um repórter irresponsável. O que não é pouca coisa, pois a "informação" foi veiculada primeiramente pela maior rede de televisão do País. Jornais ditos sérios, também participaram das falsas denúncias de pedofilia.
No Caso Escola Base as mea culpas da imprensa não foram suficientes para reestruturar a vida dos acusados já prejudicados financeira e psicologicamente. Há um enorme abismo entre as desculpas e o impacto das notícias. Durante todo o caso foi possível teorizar um anti-jornalismo debruçado em fontes contraditórias e nada profissionais, matérias sem crédito, acusações sem embasamento.
Infelizmente casos de falta de ética não faltam na nossa imprensa, Escola Base é só um dos infelizes exemplos de como não exercer o jornalismo.
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