segunda-feira, 16 de maio de 2011

Era uma vez a ética....

Aprendemos no inicio da faculdade que o jornalista deve ter um bom texto, saber se expressar. Mas o que aprendemos com o tempo e infelizmente muitos esquecem no termino da graduação é que devemos seguir um padrão ético. O que é difícil de entender é como podem esquecer de algo que deveria ser o principal na sua profissão. Estar compromissado com a verdade e apurar precisamente os fatos, infelizmente são assuntos esquecidos todos os dias por alguns profissionais. A busca pelo furo e a rapidez da notícia hoje tão exigida pelos meios acabam muitas vezes prestando um desserviço ao público.

Gabriel García Márquez em um artigo que foi publicado por alguns veículos, disse que "a melhor notícia nem sempre é a que se dá primeiro, mas muitas vezes a que se dá melhor". Talvez a análise deva se iniciar por este aspecto, pois a ética em muitas ocasiões é deixada de lado quando se envolvem valores comerciais.

Muitos meios de comunicação respeitam mais o furo do que fazer um texto que informe e deixe o seu telespectador atualizado. A popularização da internet tornou a notícia mais rápida, fazendo com que os outros meios tivessem que se adaptar a isso. Essa adaptação custou caro para o telespectador, que é submetido a um noticiário superficial e muitas vezes sem ética alguma. Outro fato prejudicial é a tão buscada audiência, todos os dias reportagens sensacionalistas que expõem o público ao ridículo são veiculadas nas diversas emissoras, que tratam isso como padrão jornalístico. O Código de Ética do Jornalismo, com certeza não é conhecido por muitos, e quando o é, não é praticado em muitas ocasiões. O que faz concluir que existem interesses que passam por cima de qualquer princípio da sociedade.

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